sábado, 7 de setembro de 2013

ARTE BRUTA E ARTE INFORMAL



A expressão Art Brut (Arte Bruta) foi criada pelo pintor francês Jean Dubuffet (1901-1985) em 1947, com o objetivo de caracterizar o trabalho produzido fora do sistema tradicional e profissional da arte (pelo que é também conhecido por Outsider Art), que o artista considerava mais autêntico e verdadeiro que o dos artistas eruditos. Desta forma, o conceito de Arte Bruta pretendia englobar produções muito diversificadas realizadas por crianças, por doentes mentais e por criminosos, que apresentavam em comum um carácter espontâneo e imaginativo. Englobava também algumas realizações de carácter público e coletivo, como o graffiti.

Em novembro de 1947, Dubuffet apresentou pela primeira vez ao público a sua coleção de obras de Arte Bruta na galeria René Drouin, em Paris. Em junho do ano seguinte, foi constituída a Companhie de l'Art Brut (Companhia de Arte Bruta) que assumia como função principal a valorização, o incremento e a divulgação destes trabalhos. A esta associação juntam-se vários artistas, críticos de arte ou escritores como André Breton, Jean Paulhan e Michel Tapé.Mais tarde, em 1967, a coleção de Arte Bruta foi objeto de uma grande mostra organizada pelo Museu de Artes Decorativas de Paris e, em partir de 1976, foi transferida para Lausanne, para o museu de Arte Bruta.
Os Cahiers de l'Art Brut, publicados desde 1964, constituíram o veículo de divulgação de trabalhos teóricos e artísticos de muitos autores, de entre os quais se destacam Joseph Crépin e Augustin Lesage.




A Arte Informal é uma tendência da arte abstrata que se desenvolveu nos anos 50 na Europa, paralelamente ao Expressionismo Abstrato que marcou a cultura artística de Nova Iorque. O termo informal (sem forma) pretende exprimir a tendência para o abandono de qualquer forma previamente conhecida, eliminando-se gradualmente os objetos da pintura. Os artistas informais acreditavam que era possível a comunicação estética através de imagens e de linguagens totalmente novas e inventadas sem referência a memórias ou vivências comuns.Distingue-se do Expressionismo Abstrato pela recusa da referência ao gestualismo que guarda a memória do artista no momento em que a criou. A pintura informal é auto-significante e desvaloriza o processo de criação. No geral, as pinturas caracterizam-se pelas pinceladas livre e pelas camadas espessas de tinta, explorando as possibilidades expressivas da cor e da luz ou dos materiais não convencionais, isolados do seu contexto e revelados na sua essência.

Os trabalhos dos artistas que integram esta corrente, bastante variados nos meios e expressões, podem ser incluídos em duas tendências fundamentais: o abstracionismo informal, influenciado pelo automatismo surrealista e pela improvisação e o tachismo, (do francês tâche, mancha) que procura acentuar relações cromáticas ou matéricas em grandes manchas.
Apesar da sua vocação abstracionista, algumas expressões e alguns artistas informais aproximam-se às vezes de uma figuratividade subtil.
O Informalismo, desenvolvido a partir de Paris, através das obras de George Mathieu, Jean Dubuffet, Pierre Soulages e Nicolas de Stael, atingiu outros países europeus. Em Espanha teve como expoente o artista Antoni Tápies e em Itália o pintor Alberto Burri.

2 comentários:

  1. a arte informal. ela gosta de fugir do q ja e comum, ou seja ,ela gosta de ser contra o parnasianismo?

    ResponderExcluir